sábado, 4 de maio de 2013

CARTA ABERTA AO SERVIDOR


Completados cem dias do governo,após inúmeras tentativas de negociação sem êxito, o SISMAL convocou uma Assembleia geral para todos os servidores/as e professores/as, para o dia 15 de abril, pela manhã e tarde, e nela, foi decidida à adesão pelos professores à paralisação nacional da CNTE/CUT nos dias 23, 24 e 25/04, que conforme programação divulgada pelo SISMAL, dos três dias, haveria um (24 de abril) no qual os demais servidores/as se uniriam aos professores/aspara um ato público em frente à PMAL,com o Objetivo de forçar as negociações com o Prefeito. No dia 19/04, a gestão municipal através do secretário Tony Gadelha que procurou o sindicato propondo o dia 26 de abril (sexta-feira) para o início das negociações com a garantia de que o piso seria retroativo a janeiro/2013, é claro que essa proposta condicionava que os/as professores/as não aderissem à paralisação nacional e com isso, os servidores não teriam o seu ato,já programado para o dia 24. 
O SISMAL, o único representante legal de todos os servidores municipais de Abreu e Lima, trouxe o assunto de forma transparente para uma Assembleia Geral Extraordinária, no dia 23 e apresentou a proposta de negociação do governo. Onde, depois que fosse discutida por todos os presentes,seria deliberado os rumos do movimento. E mais uma vez, servidores e professores, de forma soberana, democrática e livre,entenderam que, embora o governo estivesse naquele momento sinalizando para a abertura de possíveis negociações, esta proposta seria uma intervenção do mesmo na decisão tomada em assembleia no dia 15 de abril, pois se assim não fosse, seríamos recebidos para negociação no dia 24. E todos decidiram por manter a paralisação aguardando a reunião. Pois, a paralisação nacional do magistério não está apenas preocupada com o aumento do piso ou o seu retroativo a janeiro/2013, na verdade, a luta visa garantir 10% do PIB Nacional, Royalties do petróleo para a educação e a regulamentação da Convenção 151 da OIT, entre outros pontos, como valorização do professor, melhores condições de trabalho e uma educação de qualidade. Para termos ideia, em Abreu e Lima,com a conquista desta luta teríamos recursos para grandes investimentos na educação, resultando em mais benefícios para toda a sociedade.
No dia 24, em frente à prefeitura, fizemos um movimento pacífico, pois já sabíamos que não seríamos recebidos pelo prefeito naquele momento, e sim na sexta-feira. Mas o SISMAL tinha a obrigação de cumprir o que foi decidido na Assembleia do dia 15 e ratificado na Extraordinária do dia 23, com o objetivo de mostrara todos/as o que estava acontecendo e em especial, a pauta dos/as servidores/as na luta pela nossa Previdência Própria, PCCV com titulação, VEM pecúnia,data base e reajuste salarial, Junta Médica, entre tantos outros. Surpreendentemente, após o ato, no final da tarde, a secretária de governo Anne Banja informou que o Prefeito não mais receberia o sindicato na sexta-feira, como havia marcado, pelo fato de termos realizado o ato em frente à prefeitura, o que caracterizava uma quebra de acordo, pois para eles, o sindicato deveria tê-lo cancelado, em função disto, ficou suspensa a negociação.
No dia 25, na Câmara de Vereadores, com os professores, cumprindo assim, a agenda Nacional e a Decisão das nossas Assembleias, fomos atendidos por oito dos onze vereadores e informamos que o governo não iria,mais uma vez,sentar com o sindicato, alegando que o servidor não acatou a sua proposta permanecendo com a paralisação.O SISMAL entregou ao Presidente da Câmara, Herbert Varella, a pauta contendo os pontos principais de nossas reivindicações e em virtude da negativa do governo em não dar início às negociações, propôs a criação de uma comissão mista formada pela Câmara, para junto com o sindicato forçar a negociação com o governo, do mesmo modo que foi feito em 2009, no governo Flávio Gadelha. A sugestão foi aceita por todos os vereadores presentes, os quais se comprometeram a intervir para evitar os conflitos e buscar uma solução pacífica com benefícios para todos. A comissão ficou composta pelos seguintes vereadores: Marcos Aurélio, Elton Vasconcelos e Murilo Vieira, como titulares e Juliana Paranhos e Elias da Cruz, como suplentes, ficou acertado uma reunião para o dia 02 de maio com o SISMAL, até lá a comissão buscará junto ao governo agendar uma data para o encontro.

CARTA ABERTA AOS SERVIDORES MUNICIPAIS DE ABREU E LIMA-PE
Diante destes acontecimentos, O SISMAL continuará buscando,sem cessar, pelos meios democráticos, que seja marcada a abertura das negociações com o prefeito, pois não concordamos com o que vem sendo dito por aqueles que apostam num desentendimento total entre o governo e o sindicato, alegando que, pelo fato de ter acontecido o ato do dia 24 na prefeitura O SISMAL teria sido radical.

NOSSAS ATITUDES, EM MOMENTO ALGUM, FORAM RADICAIS. OBSERVE: 

- Obedecemos às decisões livre e democráticas dos servidores depois de analisarem a proposta do governo.

- Fizemos um ato com concentração na área da prefeitura, nem entramos no prédio, até porque o prefeito já havia agendado a reunião para o dia 26.

- O carro de som usado no ato ficou desligado todo o tempo, só sendo acionado durante o momento em que houve as falações com o volume normal durante todo o ato.

- Desafiamos aqueles que nos acusam a apresentar uma linha escrita em qualquer órgão da imprensa sobre o ato ou mesmo alguma manifestação no rádio ou na televisão.

- Ao sermos informados do cancelamento da reunião do dia 26, ainda haveria um ato a ser realizado na câmara no dia 25, no entanto, deixamos para darmos a notícia no momento do ato, tanto aos servidores quanto aos professores e vereadores.

- Com fim da perspectiva de abertura das negociações a nossa atitude foi de negociação ao propormos a formação da comissão mista da CÂMARA, GOVERNO E SISMAL.

Conforme agendado o SISMAL reuniu-se com a comissão de vereadores e ficou decidido que na próxima reunião marcada para terça-feira (07/05) tentarão trazer o Sr. Prefeito Marcos José, de nossa parte esperamos que o governo reveja a sua posição, concordando com a nova data para o início das negociações juntamente com a participação da comissão mista, buscando encontrar as alternativas para que possamos sair deste embate, com soluções para as reivindicações da pauta 2013 entregues ao governo desde o dia 1º de janeiro, além de reajuste salarial, existem pontos fundamentais como:

-REGIME DE PREVIDÊNCIA PRÓPRIA;
-PLANO DE CARGOS COM TITULAÇÃO PARA OS SERVIDORES ATÉ O NÍVEL MÉDIO;
- PLANO DE CARGOS COM TITULAÇÃO PARA OS AGENTES DE SAÚDE E DE ENDEMIAS;
- PLANO DE CARGOS COM TITULAÇÃO PARA OS SERVIDORES DE NÍVEL SUPERIOR;
- JUNTA MÉDICA;
- VEM PECÚNIA;
-DEFINIÇÃO DE REGRAS PARA OS REAJUSTES ANUAIS;
-INSALUBRIDADE, PERICULOSIDADE, HORAS EXTRAS, DIFÍCIL ACESSO, RISCO DE VIDA, PMAC, GRATIFICAÇÃO DE PRODUTIVIDADE SUS;
- ABONO DO LIVRO IGUAL A 20% DO PISO;
- FOLGA DE DOIS DIAS DO DESFILE CÍVICO;
- GRATIFICAÇÃO DE 50% PARA O EXERCÍCIO DO MAGISTÉRIO.

CASO NÃO HAJA REUNIÃO COM O GOVERNO,
CONVOCAREMOS OUTRA ASSEMBLEIA GERAL.


A DIREÇÃO.